Época de previsões, de jornalistas querendo saber qual a tendência e o que marcou o ano que passou. Todos, na verdade, ansiosos por uma luz que aponte o que vem por aí. O que vai bombar no ano que vem e qual a grande aposta. Qual a rede que vai desaparecer e quem será o novo milionário, originário de algum aplicativo ou rede social.
Olhando para 2013, numa breve perspectiva, um grande fato chama a nossa atenção – e ele envolve diretamente o futuro da comunicação digital brasileira: os protestos, que tomaram conta das ruas, das capitais de todo o nosso país em junho deste ano, levando milhões de pessoas altamente motivadas, engajadas e relativamente organizadas. Curioso observar que esses três comportamentos são os mais cobiçados pelas empresas, no ambiente digital, em relação aos seus públicos, fãs e seguidores.
Esse fato, longe da política – que foi seu principal motivador – é, sem dúvida alguma, um fato mercadológico. Descobrimos que o nosso consumidor, nosso “internauta”, target ou público-alvo – como às vezes o chamamos – não são apenas ativistas de sofá, esperando nossa mensagem ou peça de comunicação. Eles são capazes de se mobilizar diretamente do ambiente digital e criar verdadeiras revoluções sociais. Um comportamento típico da geração Y, que atinge uma proporção gigantesca, quando bem informada, estruturada e distribuída capilarmente.
Novo paradigma
É uma mudança e tanto de paradigma. É uma novidade que, se assustou o governo, deveria também ter assustado as empresas. Foi um verdadeiro estudo de comportamento do consumidor – no maior case que já pudemos ver.

Nem tudo, porém, é complicado. Esse fato – aliado a um ano de eleições – coloca as redes sociais em uma previsão fácil para 2014. Quem trabalha há alguns anos com monitoramento e análise de social media sabe que, em ano de eleição, o faturamento dobra. 
O e-commerce ainda seguirá puxando o digital e o mobile nos desafiará cada vez mais. Logo, E-commerce, Social Media e Mobile são apostas fáceis. Você deve se perguntar agora: e a Copa do Mundo? Será a cereja desse bolo? A bola mesmo vai estar em volta das eleições. E todos às voltas com o digital. E o carnaval será em março. O verão alonga-se no melhor período para a gente se preparar para um dos anos mais rápidos e agressivos do mercado digital brasileiro.
E ele começa em… ops, começou! Em junho.
Jonatas Abbott
